Se para a população a mudança que se vê aparenta ter ocorrido de imediato, para as equipes por trás desses projetos o alcance das conquistas leva anos e décadas.
Neste período ainda pandêmico, a inovação acelera na área de saúde, mas não sem antes precisar transpor barreiras que se levantam em suas rotinas. Listamos os principais desafios que se colocam diante de organizações e empresas nessa questão. Com análise e estudo, superamos todos eles.
1 – Investimentos x resultados
Estudo da International Data Corporation (IDC- 11-2020) aponta que o investimento em tecnologias no setor de saúde na América Latina deve atingir quase US$ 2 bilhões ainda este ano. A aquisição de soluções com Inteligência Artificial embarcada otimiza os processos, mas requer profunda análise da relação custo x benefício.
A crescente demanda pelos serviços de saúde pode também levar ao descontrole dos gastos. Um produto altamente precificado no mercado está sujeito a ficar inacessível a grande parte dos usuários. O caminho para essa encruzilhada tecnológica passa pela busca de parceiros no momento dos investimentos. Os aliados mais cotados são instituições do mesmo nicho ou setor, para compras associadas de insumos e matéria-prima, e entes do poder público, com incentivos governamentais, tendo como contrapartida benefícios para a sociedade.
2 – Falta de critério ao abraçar eventuais soluções
Inovação exige também curadoria sobre o que se deve investir. O mercado está repleto de opções tecnológicas, sejam soluções assertivas, sejam armadilhas que levam ao descompasso financeiro.
Manter uma equipe que gerencie os lançamentos do mercado, munindo-a do maior número de ferramentas informativas possível, é providência essencial.
Tomemos como exemplo positivo nessa questão o conceito de Hospital Digital abraçado pelas instituições de saúde de ponta no país. Com ajustes simples e outros mais elaborados, é possível agilizar agendamentos e reconfigurar espaços e atendimentos Este é um investimento em adequação tecnológica que vai sustentar inovações futuras na área hospitalar, oferecendo à equipe médica e multidisciplinar o acesso a novas ferramentas e comunicação aperfeiçoada por meio do sistema de gestão hospitalar que melhore a tomada de decisão clínica.
Vale ressaltar que nem tudo é altamente dispendioso se comparado a outros aportes observados na área, mas tudo tem de ser eficaz. Pulseiras para identificar a movimentação do paciente internado, autonomia para realizar a abertura de atendimento, assinatura digital e aplicativo para visualizar o tempo de espera no Pronto Atendimento são avanços proporcionados por essas frentes.
São soluções que fazem a diferença na vida do usuário. Consultorias para identificar os anseios do paciente ajudam na implantação desses avanços.
3 – Esquecer-se da humanização
Sem um atendimento humanizado, todo o empenho por aquisição das melhores máquinas esvai-se. É importante manter os profissionais atentos a isso, realizando pesquisas de satisfação entre os pacientes e ouvindo as equipes sobre os principais gargalos que enfrentam no exercício do seu trabalho.
Alinhando expectativas e responsabilidades, é possível ir longe e ser referência também nessa qualidade tão buscada pelo público.